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Cuidados com queimaduras redobram em junho


Os festejos juninos se aproximam e com eles a beleza dos fogos de artifícios. Nessa carona, entretanto, uma passageira indesejável sempre aparece. É no mês de junho que se registra um aumento nas estatísticas de acidentes com queimaduras. Por esta razão, as secretarias municipais de saúde e de cultura de Cruz das Almas promoveram no mês de maio uma série de palestras de conscientização. Os principais públicos destas palestras são os espadeiros e barraqueiros que comercializam lanches no arraiá. Como em 2009 haverá mudanças, com programação na Praça Multiuso, a preocupação da prefeitura aumentou.

A fabricação e queima de espadas artesanais é uma arte secular passada de geração a geração. É o que caracteriza os festejos juninos em Cruz das Almas, tornando a cidade internacionalmente conhecida devido a matérias exibidas em telejornais do Brasil e do mundo. Entretanto, essa prática é bastante perigosa.

As espadas são feitas de bambu e carregadas de pólvora. Soltam faíscas longas quando acesas e algumas chegam mesmo a explodir quando a munição está perto do fim. Uma discussão permanente na cidade diz respeito à extinção desta prática que já mutilou muitos moradores e levou outros tantos a óbito. Porém, enquanto as autoridades competentes e adeptos do espadismo não chegam a um acordo, seguem as campanhas de conscientização.

O primeiro passo foi delimitar um espaço para a queima das espadas. O “espadódromo” consiste em ruas que são fechadas para essa prática, preservando moradores temerosos de acidentes. Muitas residências e casas comerciais têm suas fachadas protegidas com tapumes de madeira ou telas. O segundo passo foi estipular um tipo de vestimenta mais adequado à prática: calça jeans; capacete (tipo de motoqueiro), coletes e luvas de couro são essenciais. O terceiro item, muitas vezes menosprezado pelos espadeiros, refere-se ao consumo de bebidas alcoólicas durante a festa. Muitos espadeiros caem no ‘mé’ e se sentem invencíveis. Mesmo os super homens se machucam feio e levam de lembrança seqüelas graves.

Segundo estatísticas do Dr. Carlos Briglia, cirurgião plástico especialista em queimados, as queimaduras com pólvora e fogos de artifício aparecem em décimo lugar. No entanto, são os produtos que mais levam a óbito. “Em primeiro lugar o levantamento aponta o manejo com água ou líquidos quentes, em temperatura de fervura mesmo. Essa lesão, geralmente, causa o que denominamos queimadura de primeiro ou segundo graus e são mais facilmente tratáveis. Já a pólvora, na maioria dos acidentes, leva direto a uma queimadura de terceiro grau, podendo conduzir o paciente à morte”, afirma.

As principais vítimas de queimaduras são crianças e mulheres, geralmente donas de casa. Os números apresentados por Dr. Briglia não refletem a realidade específica de Cruz das Almas, pois o levantamento foi feito a partir de dados do Hospital Geral do Estado – HGE, em Salvador.

O mais importante em casos de queimadura é simplesmente lavar a área afetada com água corrente e sabão neutro e conduzir o paciente ao hospital ou pronto socorro mais próximo. “Nada de passar creme dental, manteiga, margarina, óleo queimado, hidratante, café, clara de ovo ou quaisquer produtos da crendice popular. Esses produtos podem criar uma espécie de cascão sobre o ferimento e dificultar o tratamento. O correto mesmo é apenas lavar o local afetado com bastante água e sabão neutro e seguir para o hospital”, afirmou Dr. Briglia.

Tipos de queimaduras

As lesões causadas por queimadura caracterizam-se em três tipos básicos: primeiro, segundo e terceiro graus. As causas são as mais variadas: exposição demasiada ao sol, manejo inadequado de produtos químicos, explosões.

As queimaduras de primeiro grau são consideradas mais simples pois atingem apenas a superfície da pele. Apresentam vermelhidão e ardor. São provocadas por contato com superfícies em altas temperaturas e são de fácil cicatrização. Uma das causas principais é a exposição ao sol sem protetor solar: a pele fica super avermelhada e bastante sensível (insolação). Não deixam seqüelas.

As queimaduras de segundo grau apresentam, além da vermelhidão e ardor, bolhas de água e maior sensibilidade no local afetado. Começa as complicações, pois atinge camadas mais internas da pele.

As queimaduras de terceiro grau são as mais graves e de tratamento mais complicado, exigindo equipe médica e equipamentos devidamente qualificados. Têm caráter corrosivo pois atingem as camadas mais profundas da pele, comprometendo, inclusive, nervos. Podem ser causadas por materiais químicos ou explosões. Como várias terminações nervosas são destruídas, não se sente dor. Geralmente deixam seqüelas graves.


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